O Instituto GastroVale compartilha as dúvidas mais frequentes, levantadas pela SBCBM – Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica. Confira!

 

Quem pode fazer a cirurgia metabólica?

A Cirurgia Metabólica é um procedimento que foi regulamentado pelo Conselho Federal de Medicina como opção terapêutica para pacientes portadores de diabetes mellitus tipo 2 (DM2).

As normas estabelecem que estão aptos os pacientes com diabetes tipo 2; IMC superior a 30 kg/m²; com mais de 30 e no máximo 70 anos; com diabetes diagnosticado há menos de 10 anos e parecer médico que aponte a resistência ao tratamento clínico com antidiabéticos orais e/ou injetáveis, mudanças no estilo de vida e que tenha comparecido ao endocrinologista por no mínimo dois anos.

 

Até que idade a cirurgia metabólica é recomendada?

De acordo com a resolução 2.172/2017 do Conselho Federal de Medicina (CFM) que regulamenta a cirurgia metabólica estão aptos pacientes até 70 anos.

 

Como encontro um cirurgião associado a SBCBM?

Você poderá encontrar os cirurgiões do seu estado e cidade que são afiliados a SBCBM e escolher um profissional com segurança no site da SBCBM.

Isso irá te garantir que seu médico é um profissional especializado em cirurgia bariátrica e atualizado com o que há de mais novo e moderno no tratamento da obesidade e suas comorbidades.

 

Posso voltar a engordar após a cirurgia bariátrica?

O ganho de peso ocorre quando o paciente não assume hábitos saudáveis, como a adoção de dieta menos calórica e mais nutritiva e a prática de exercícios físicos regulares. A perda mais significativa de peso ocorre nos primeiros seis meses.

Toda via, durante o processo de estabilização do peso, é comum que o paciente recupere cerca de 10% do peso final atingido.

Daí a importância de o paciente seguir com disciplina as recomendações médicas e manter acompanhamento com a equipe multidisciplinar no pós-operatório.

 

Mulheres podem engravidar após a cirurgia bariátrica?

A paciente é liberada para engravidar sem riscos após 15 meses de pós-operatório. Durante esse período, recomenda-se a anticoncepção. No entanto, os anticoncepcionais orais (pílulas) devem ser evitados. Converse com seu ginecologista e discuta alternativas para evitar uma gestação neste período.

 

A depressão é uma consequência comum para quem faz a cirurgia?

Não existe uma tendência. Se o paciente ficar deprimido, isso pode ocorrer devido a fatores desconhecidos, que devem ser investigados por psicólogo ou psiquiatra da equipe multidisciplinar.

 

Há tendência à anemia no pós-operatório?

Entre os pacientes, as mulheres têm maior tendência à anemia, por causa da menstruação, perda de ferro e pouca presença de carne vermelha na dieta. Essa situação pode ser minimizada com a ingestão de alimentos ricos em ferro, ou, se necessário, com a utilização de suplementos vitamínicos.

 

O apoio da família é indispensável?

Deve-se prestar toda a assistência e orientação à família do paciente, oferecendo o máximo de informações solicitadas e, quando necessário, também consulta psicológica. Os novos hábitos a serem adotados pelo paciente devem ser compartilhados e estimulados por todos que convivem com ele.

 

Vou sentir dores após a cirurgia?

Normalmente, as dores se manifestam somente no primeiro dia do pós-operatório. Isso acontece porque o abdômen precisa ser inflado com gás carbônico na cirurgia por videolaparoscopia, para possibilitar a melhor manipulação dos órgãos internos.

 

Depois da cirurgia, o paciente deve fazer cirurgia plástica?

Nem sempre é necessário fazer cirurgia plástica após o procedimento bariátrico. Cada caso deve ser avaliado criteriosamente pela equipe multidisciplinar responsável pelo tratamento e só devem ser realizados após a estabilização do peso, que ocorre entre 12 e 24 meses após a cirurgia.

 

A cirurgia plástica é coberta por planos de saúde e/ou SUS?

Em fevereiro de 2019, a Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu que as cirurgias plásticas reparadoras para retirada de excesso de pele em pacientes submetidos à cirurgia bariátrica devem ser custeadas por planos de saúde. Desde a primeira instância, o entendimento do Judiciário é de que a cirurgia plástica, após a cirurgia bariátrica, não possui finalidade puramente estética e sim um caráter funcional.

As cirurgias plásticas reparadoras também são cobertas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) nos seguintes casos:

mamoplastia: incapacidade funcional pela ptose mamária, com desequilíbrio da coluna; Infecções cutâneas de repetição por excesso de pele, como infecções fúngicas e bacterianas; Alterações psicopatológicas devidas à redução de peso (critério psiquiátrico).

abdominoplastia/torsoplastia: incapacidade funcional pelo abdômen em avental e desequilíbrio da coluna; Infecções cutâneas de repetição por excesso de pele, como infecções fúngicas e bacterianas; Alterações psicopatológicas devidas à redução de peso (critério psiquiátrico).

excesso de pele no braço e coxa: limitação da atividade profissional pelo peso e impossibilidade de movimentação; Infecções cutâneas de repetição por excesso de pele, como infecções fúngicas e bacterianas; Alterações psicopatológicas devidas à redução de peso (critério psiquiátrico).

 

Para que serve a cirurgia metabólica?

A cirurgia metabólica é utilizada para a remissão de doenças associadas à obesidade, como a hipertensão arterial, diabetes tipo 2 e apneia do sono, entre outras. É uma operação segura, que apresenta resultados positivos a curto, médio e longo prazos.

Diversos estudos e pesquisas científicas nacionais e internacionais revelam que a intervenção cirúrgica é uma opção real e efetiva para controlar o diabetes. Além da já conhecida cirurgia bariátrica, a cirurgia metabólica é uma das formas de controle desta doença crônica e progressiva.

A diabetes tipo 2 está diretamente associada à obesidade. Cerca de 9% da população brasileira convive com o diabetes. São mais de 14,3 milhões de pessoas que podem ter a cirurgia metabólica como opção terapêutica.

 

Qual o caminho para a cirurgia bariátrica no SUS?

Pacientes que pretendem recorrer ao Sistema Único de Saúde (SUS) para fazer a cirurgia bariátrica devem procurar o Posto de Saúde e ter esgotado as possibilidades de tratamento clínico da obesidade (com medicamentos e alterações comportamentais) e cumprir com os requisitos impostos pelo Ministério da Saúde que incluem: idade mínima de 16 anos; IMC maior ou igual a 40; ou IMC 35 e comorbidades comprovadas por laudo médico.

Depois, confirmada a indicação, o paciente será encaminhado para o preparo pré-operatório que inclui acompanhamento psicológico, nutricional e avaliação médica com especialistas, de acordo com a necessidade e avaliação da equipe multidisciplinar.

Em média, o tempo de espera para a cirurgia é de 6 meses a 4 anos podendo aumentar de acordo com o sua cidade e estado.

 

Os planos de saúde cobrem a cirurgia metabólica?

Atualmente apenas alguns planos de saúde cobrem a cirurgia. A SBCBM está trabalhando para que a ANS inclua a cirurgia metabólica em seu rol de procedimentos. Queremos que a cirurgia metabólica se torne ainda mais acessível e tenha cobertura dos planos de saúde ou seja realizada na rede pública.

A cirurgia é comprovadamente eficaz e segura, com inúmeros benefícios associados. Para mais informações, recomendamos que você consulte um cirurgião.

 

 

FONTE: SBCBM