O câncer de intestino (colorretal) é um tumor localizado no intestino grosso (subdividido em cólon e reto). É o terceiro tipo de câncer mais frequente em homens (após próstata e pulmão) e é o segundo entre as mulheres (após o câncer de mama).
A Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP) lança a campanha com objetivo de conscientizar a população para prevenção e diagnóstico precoce do câncer de intestino.
PREVENÇÃO
Os hábitos de vida influenciam diretamente na saúde do intestino. A prevenção passa por eliminar os principais fatores de risco, como alcoolismo, tabagismo, alimentos industrializados (carnes processadas) e sedentarismo, mas principalmente, ingerir uma dieta rica em vegetais frescos, cereais integrais, frutas e proteínas magras.
O câncer colorretal pode ser evitado em 90 % dos casos. Apesar se ser mais comum em pessoas a partir de 65 anos, ele também tem crescido entre os jovens.
Colonoscopia – exame preventivo
A colonoscopia é o exame completo do intestino grosso, que é feito com um endoscópio específico, chamado colonoscópio. O exame deve ser realizado para o monitoramento preventivo da doença a partir dos 50 anos. Se houver histórico na família, esse rastreamento deve ser iniciado antes, de acordo com a recomendação do coloproctologista.
No Brasil os índices de cura não ultrapassam 50%, pois a maioria dos doentes são tratados em fase já bastante avançada.
O Câncer do Intestino é mais comum em pessoas com histórico familiar de pólipos, câncer colorretal ou ginecológico (mama, ovário e útero). O diagnostico precoce é um aliado e aumenta as chances de cura.
Quando detectado precocemente, as chances de sobrevivência são em torno de 90%.
O que é pólipo?
Pólipo é uma lesão nodular na parede interna do intestino, comum em pessoas após os 50 anos de idade. Quase sempre o Câncer Colorretal surge como um pólipo (lesão frequentemente benigna) que cresce na parede do intestino e pode se tornar um câncer caso não seja diagnosticado e retirado a tempo. Retirando o pólipo podemos agir de forma precoce para prevenir o câncer. É altamente curável.
A colonoscopia é o exame preciso para detectar e remover a maior parte dos pólipos do intestino grosso, impedindo a evolução para o câncer.
Principais Fatores de risco
Os principais fatores de risco são:
- Histórico familiar e idade acima de 50 anos;
pólipos intestinais (adenomatosos); - Histórico pessoal de outros tipos de câncer;
- Obesidade;
- Sedentarismo;
- Doenças inflamatórias do intestino;
- Alcoolismo;
- Tabagismo;
- Alto consumo de carnes vermelhas;
- Baixo consumo de frutas, verduras e legumes.
Sintomas mais comuns
Os sintomas são percebidos normalmente nos casos avançados, por isso não é indicado esperar o surgimento deles para realizar os exames preventivos. Os sintomas do câncer colorretal podem variar de acordo com o tamanho e a localização do tumor.
Os mais comuns são:
- Dor ou desconforto abdominal (cólicas e sensação de estufamento);
- Fraqueza e/ou anemia;
- Perda de peso;
- Náuseas e vômitos;
- Mudança na rotina intestinal (diarreia ou constipação);
- Sangramento anal ou nas fezes;
- Dor ao evacuar e sensação de que a evacuação nunca é completa;
- Aumento do volume abdominal.
Valorizando o papel do seu intestino
O intestino é um órgão que faz parte do sistema digestório. Possui formato de tubo, e vai do final do estômago até o ânus. Possui funções essenciais para o nosso organismo, como absorver água, digerir alimentos e nutrientes, eliminar resíduos e toxinas pelas fezes.
Ele se divide em duas partes: delgado e grosso. O intestino delgado conecta o estômago ao intestino grosso e, portanto, é maior parte do órgão, com cerca de seis a sete metros de comprimento. É nele que são absorvidos os nutrientes.
O intestino grosso possui aproximadamente dois metros de comprimento e tem papel vital na absorção de água, sendo responsável por mais de 60% da água absorvida pelo organismo.
Tratamentos
O câncer colorretal possui tratamentos cada vez mais modernos e efetivos para cada perfil de paciente. Os tumores menores podem ser retirados por colonoscopia e ressecções locais dos tumores. Já os maiores e em estados avançados também contam com opções cirúrgicas, como a laparoscopia robótica ou as cirurgias abertas. Há ainda outras opções de tratamento, como a radioterapia e a quimioterapia.
Consulte seu médico especialista de confiança!
FONTE: SBCP